A atividade física regular reduz o risco de câncer de mama em 10 a 20%. Nós contamos porque esporte e câncer podem estar juntos na mesma frase, e como o exercício ajuda você a se proteger melhor!
Esporte e câncer, uma associação que nem sempre é óbvia. No entanto, vestir seu short regularmente para praticar um esporte pode reduzir o risco de câncer de mama.
Com quase uma em cada nove mulheres em todo o mundo afetadas por esta doença durante a vida, a detecção é fundamental e, entre as medidas preventivas, a atividade física tem alguns argumentos fortes.
Aqui temos um balanço da prevenção do câncer de mama com esporte. Confira:
Atividade física e risco de câncer de mama
A constatação é clara: quase um terço dos casos de câncer de mama está ligado a um estilo de vida sedentário. Inúmeros estudos científicos demonstram o papel preventivo do esporte na luta contra a doença, dia a dia, aproveitando as oportunidades para se movimentar como forma de preservar a saúde.
Em 2006, a revista Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention sublinhou, através de um estudo que envolveu mais de 100.000 mulheres, a ligação entre atividade física e o risco de contrair câncer de mama.
Mulheres que declararam atividade física e esportiva de 5 horas ou mais por semana tem uma diminuição de 38% no risco de desenvolver câncer de mama em comparação com mulheres que não praticam esporte.
Independentemente dos fatores de risco pré-existentes (histórico familiar, excesso de peso, primeiro filho após os 30 anos, etc.), observe que esses dados correspondem a atividades esportivas sustentadas, como marcha esportiva, judô, dança, natação, squash e muitas outras.
No entanto, não se trata de dizer “não quero ter câncer de mama, estou correndo” não é isso. Com bom senso, vale dizer: “corro várias vezes por semana e me concentro na regularidade.”
Uma prevenção mais eficaz depende de esforço repetido e intenso
Para se proteger melhor, a intensidade e a regularidade das sessões esportivas são essenciais.
Em 2013, a revista científica americana Plos One publicou um estudo, segundo o qual mulheres que caminham uma hora por dia reduzem sua exposição ao câncer de mama em 14%. O mesmo estudo apontou que praticar um esporte intensivo por uma hora por dia reduz esse risco em 25%.
O Dr. Thierry Bouillet, oncologista, explica como o esporte atua contra o desenvolvimento do câncer de mama:
“Primeiramente, por causa do consumo de glicose. A atividade física diminui o nível de insulina, um fator de crescimento para as células cancerígenas.
Em segundo lugar, diminui a quantidade de estrogênio, que também é um fator de crescimento no desenvolvimento do tumor, seja na pré ou pós-menopausa.
Por fim, reduz a presença de citocinas, essas proteínas provenientes de gorduras intra-abdominais, na origem das células malignas.
A atividade física, praticada com certa intensidade, queima três combustíveis necessários para o desenvolvimento do câncer de mama e, portanto, tem um efeito preventivo biologicamente óbvio.”
Do ponto de vista médico, isso oferece uma redução no risco de cerca de 20 a 25%, ou seja, um quarto a menos de risco de câncer, desde que você faça pelo menos três sessões por semana, de 20 minutos a 1 hora.
Por que três sessões?
“Cada vez que você pratica esportes, você diminui seu nível de insulina por 72 horas, e assim você cobre facilmente a semana”, diz o Dr. Bouillet. Resta manter o ritmo, razão pela qual “não devemos deixar de buscar o prazer e encontrar uma atividade física adequada!”
Esporte e câncer – generalidades
Em geral, a prática regular de atividade física, como parte da prevenção do câncer, é aceita de forma unânime pelos profissionais de saúde.
Na paciente com câncer, como parte de uma rotina de cuidados, no entanto, muitas vezes encontramos um círculo vicioso: devido aos diferentes tratamentos, haverá uma redução das capacidades cardiorrespiratórias e musculares. Isso leva à redução da atividade física, aumento do sedentarismo.
Tudo isso pode ser agravado pela ansiedade, perda de autoconfiança, mudanças no corpo, efeitos colaterais do tratamento, como fadiga.
Encontrar formas de voltar ao esporte, através de uma atividade física adequada, pode então revelar-se ainda mais benéfico: aumento da capacidade cardiorrespiratória, melhoria da massa e força muscular, benefício na composição corporal (a obesidade é um dos fatores de risco mas também está intimamente ligada ao risco de recaída).
Esporte e câncer de mama, em resumo:
– O câncer de mama é responsável pela maior taxa de mortalidade em mulheres. Em 50% dos casos, existem fatores de risco identificáveis, fatores relacionados à qualidade de vida (tabagismo, excesso de peso e sedentarismo, má alimentação e atividade física).
– Os benefícios da atividade física são válidos contra todos os tipos de câncer, mesmo que esses benefícios sejam mais marcantes para cânceres relacionados a hormônios.
– Mesmo após o diagnóstico, a atividade física adaptada apresenta efeito benéfico.
– O esporte deve ser integrado a uma rotina de cuidados? Sim, porque ele também traz outros benefícios: condição física, qualidade de vida, ansiedade, nível de fadiga, dieta, melhoria da densidade óssea e também da autoestima.
– E a atividade física após o câncer? A atividade física tem um impacto a longo prazo, melhorando a saúde física e mental, mas também a qualidade de vida em geral. Sem falar no seu papel no combate ao risco de recaída.
Então não espere mais, calce seus tênis de corrida, monte em sua bicicleta ou pegue sua raquete! Praticando uma atividade física, você não apenas desfrutará dos muitos prazeres do esporte, mas também, cuidando da sua qualidade de vida, colocará todas as chances ao seu lado para preservar sua saúde!
Obviamente, nada irá substituir o conselho do seu médico. Para qualquer retomada de atividade esportiva ou aumento da intensidade do seu esforço, a opinião do seu médico ou profissional de saúde continua sendo essencial.
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