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20 de abril de 2023

Saiba mais sobre a formação das ondas

CONFIRA

Você sabe como ocorre a formação das ondas?

As ondas têm um impacto em várias práticas de esportes aquáticos. Este fenômeno natural deve ser levado em consideração e explicado para que se possa surfar, passear, mergulhar ou navegar de modo o mais eficaz possível.

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Missão teste Tribord na Galícia

Como ocorre a formação das ondas?

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Uma onda é um movimento oscilatório da superfície de um oceano, de um mar ou de um lago. Note que vamos falar mais “ondulação” quando ela se situa em alto mar.

A ondulação é criada pelo vento, quando sopra sobre uma superfície de água calma. Isto forma rugas na superfície do mar que se transformam em ondas (chamado “ondulações”) e que se propagam para a costa.

A PROPAGAÇÃO DA ONDULAÇÃO

O crescimento da onda é determinado por três fatores:

  1. A VELOCIDADE DO VENTO
  2. DURAÇÃO DO VENTO
  3. DISTÂNCIA PERCORRIDA PELA ONDULAÇÃO

Quanto mais tempo a ondulação mais irá aumentar o seu período (o tempo entre a onda anterior da próxima onda) e, por conseguinte, a sua energia.

Esta ondulação vai gerar então ondas grandes e poderosas com longos períodos (15 a 20 segundos) e que vão durar mais tempo.

Quanto menos a ondulação é mantida em uma grande distância, mais ele vai gerar ondas pouco poderosas com períodos curtos (entre 8 e 12 segundos) e irá se dissipar rapidamente.

A TRANSFORMAÇÃO DA ONDULAÇÃO EM ONDA

Quanto mais a ondulação se aproxima da costa, mais o fundo marinho se eleva. Isto gera um impacto sobre o tamanho da ondulação que aumenta cada vez mais e que acaba por quebrar.

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A forma das ondas depende, principalmente, a forma do fundo do mar a partir da praia que transforma o movimento horizontal das ondas num movimento vertical. Na verdade, uma praia com um fundo levemente inclinado dará ondas suaves e planas. Em vez disso, uma praia com um fundo profundo passando diretamente para um fundo raso dará ondas ocas e poderosas.

Para simplificar:

  • FUNDO PLANO = ONDA PLANA, IDEAL PARA INICIANTES (EXEMPLO DE SPOT: HENDAYE)
  • FUNDO LEVEMENTE INCLINADO = ONDAS MOLES (EXEMPLO DE SPOT: LITORAL BASCO)
  • FUNDO ÍNGREME = ONDAS OCAS (EXEMPLO DE SPOT: HOSSEGOR)

VENTO “ON-SHORE” E “OFF-SHORE”: QUE IMPACTO TÊM SOBRE AS ONDAS?

Quando se fala sobre o vento “on-shore” ou “off-shore”, trata-se do vento que sopra na costa, alterando diretamente as ondas (e não o vento que provoca a criação da ondulação, no mar aberto, explicado anteriormente).

O vento “on-shore” (ou “do mar” para traduzir a palavra em português) tenderá a esmagar as ondas e a cortá-las. Isso torna as condições para o surf ou bodyboard menos favoráveis.

Por outro lado, o vento “off-shore” é um vento que vem da terra e tenderá a deixar as ondas ocas e suavizar o espelho d’água, melhorando assim as condições para o surf e o bodyboard.

Dependendo da hora do dia e das diferenças de temperaturas observadas, as ondas são submetidas a uma brisa “onshore” (do mar) durante o dia, ou à brisa “off shore” (terra) durante a noite e a manhã. De acordo com este fator, as condições de surf serão, então, melhores à noite e pela manhã … Os dois diagramas abaixo explicam este fenômeno.

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OUTRO FATOR QUE INFLUENCIA: A MARÉ

Dependendo do spot, as marés podem ter um impacto importante nas ondas. Elas afetam diretamente as alturas de fundo, provocando assim alterações nas características das ondas. Alguns pontos serão mais favoráveis para o surf e o bodyboard na maré alta, enquanto outros serão na maré baixa. Você vai encontrar no Tribord Club as características de muitos spots.

É UM MITO DIZER QUE “A SÉTIMA ONDA É SEMPRE A MAIOR”?

Não necessariamente! Na verdade, nas séries do tipo “caóticas”, vemos que após todas as 6 ondas, normalmente aparece a maior da série. Na série com ondas mais “perfeitas” este número tende mais para 9/10. Estas observações científicas vêm de Leo Holthuijsen, um especialista na área da compreensão e modelagem de ondas.

OBSERVAR AS CONDIÇÕES ANTES DE SE LANÇAR NA ÁGUA

Antes de entrar (ou não) na água, é melhor gastar um tempo analisando corretamente as condições no sentido de adaptar o melhor possível a nossa prática:

  • OBSERVAR BEM A DISTRIBUIÇÃO DAS SÉRIES DURANTE ALGUNS MINUTOS E NÃO ALGUNS SEGUNDOS (TENTAR IDENTIFICAR OS MELHORES “PICOS” PARA OS SURFISTAS, ISTO É, ONDE A ONDA QUEBRA PRIMEIRO)
  • ANTECIPAR OS PONTOS DE ENTRADA E DE SAÍDA DE ÁGUA (EM ALGUNS SPOTS, COMO O LITORAL BASCO, A SAÍDA DA ÁGUA É ÀS VEZES COMPLICADA NA MARÉ ALTA ENQUANTO QUANDO NÃO HÁ NENHUM PROBLEMA NA MARÉ BAIXA)
  • BEM IDENTIFICAR AS CORRENTES PARA UTILIZÁ-LAS A SEU FAVOR, UMA VEZ NA ÁGUA
  • ADAPTAR-SE AOS HORÁRIOS DAS MARÉS EM FUNÇÃO DO SPOT E DO TIPO DE PRÁTICA
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Para concluir, podemos dizer que as ondas que vemos nas nossas praias são principalmente o resultado de dois fatores naturais: o vento e o fundo do mar. É, portanto, estudando esses dois fatores, que os analistas são capazes de nos dar instruções cada vez mais confiáveis e, acima de tudo, cada vez mais específicas sobre as ondas que enfrentaremos.

No entanto, lembre-se de observar e analisar em tempo real as condições de seu local de prática pois a natureza é imprevisível..

E aí, você já sabia como ocorre a formação das ondas? Quer continuar acompanhando outros artigos sobre o mundo dos esportes? Então fique ligado no porta Sou Esportista!

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