A Comissão de Segurança no Ciclismo da Cidade do Rio de Janeiro (CSCRJ) criou um panfleto explicativo de como os ciclistas devem proceder com sua bike no trânsito e também em relação a pedestres. São orientações básicas que podem salvar a vida dos ciclistas. O risco existe, portanto, leve sempre um documento de identificação e contatos de emergência.
Todos somos responsáveis por um trânsito seguro e sem violência.
Seguem abaixo as orientações:
Pedale no mesmo sentido dos carros. É equivocada a impressão de que, na contramão, você verá os veículos com mais facilidade. Quando a bicicleta anda na mão correta, o motorista tem maior tempo de reação. Em sentidos contrários, a velocidade da bicicleta se soma à do carro. Ou seja: um ciclista a 20 km/h que encontra um automóvel a 60 km/h vai aparecer, para os condutores, a 80 km/h, uma velocidade inesperada e muito acima do que os reflexos humanos estão preparados para receber naquele momento.
Quedas de bike no trânsito geralmente são a baixa velocidade. Porém, um impacto pequeno sobre o crânio é capaz de causar grandes danos e até a morte. Use sempre o capacete, devidamente ajustado e afivelado. No caso de transportar crianças em cadeirinhas apropriadas, cuide para que elas também estejam com capacetes de tamanhos corretos, atados pela fivela.
Apesar de o ciclista enxergar com facilidade usando apenas a iluminação das ruas, as luzes vermelhas, para a parte traseira, e branca, para a dianteira, tornam sua bike no trânsito mais visível para os motoristas e pedestres. Além delas, há também faixas reflexivas em coletes e caneleiras, que brilham com a luz dos faróis e alertam os condutores sobre a presença do ciclista.
Motoristas de carros, ônibus e caminhões, assim como motociclistas, usam a visão periférica para perceber se podem fazer conversões e seguir em frente em cruzamentos. Bicicletas, por serem menores, não são vistas com a mesma facilidade. Nos cruzamentos, leve em conta que os motoristas podem não estar vendo a bicicleta, e, na dúvida, pare ou dê passagem – mesmo que a preferência seja sua.
Como são altos e extensos, veículos de passageiros e carga têm muitos pontos cegos, principalmente perto dos espelhos retrovisores. É comum, em sinais de trânsito, o ônibus começar a andar sem perceber que um ciclista está ao lado. Considere que, em curvas e esquinas, é melhor não dividir a pista com veículos grandes.
Um dos acidentes mais comuns envolvendo automóveis e bike no trânsito acontece quando os veículos estão parados. Ao passar rente à fileira de carros estacionados, o ciclista não percebe que o motorista ou um passageiro estão prestes a abrir a porta. Dependendo da velocidade com que isso acontece, não há tempo para parar ou desviar. Esteja atento aos movimentos no interior dos veículos e evite passar muito perto dos carros estacionados.
Em vias congestionadas ou de baixa velocidade, é comum o ciclista tentar ganhar tempo trafegando entre as filas de carros, como fazem as motocicletas. É um comportamento extremamente perigoso, justamente por ser uma prática dos motociclistas. Como andam em velocidade maior, as motos não têm tempo de parar quando surge uma bicicleta – sempre bem mais lenta.
Procure traçar rotas que excluam as vias de grande circulação, como avenidas e ruas em que a velocidade dos carros é mais alta. Quanto mais rápidos estão os carros, pior para os ciclistas. Opte por ruas paralelas e, se preciso, faça o caminho mais longo, de maneira a andar na mão, em pistas de baixa velocidade e com menos cruzamentos.
A calçada é do pedestre. Quando trafega sobre o passeio, o ciclista passa a ser a ameaça, e infringe as leis de trânsito. Evite ao máximo passar pelas calçadas, e, se necessário, use o passeio público apenas em horários sem movimento de pedestres e certo de que está vendo e sendo visto. A passagem da calçada para o asfalto é sempre perigosa, pois a bicicleta surge repentinamente para os motoristas.
Use as mãos para indicar que vai dobrar a rua, que vai precisar se deslocar mais para o meio da pista ou parar sua bike no trânsito. Ao informar aos motoristas e pedestres o que pretende fazer, o ciclista torna seu movimento mais previsível, e age da mesma forma que os veículos, ao ligarem as setas e sinais luminosos.
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