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24 de abril de 2023

Quando os dados contribuem para os desafios do desenvolvimento sustentável

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Dados são assuntos de Geek? Tudo depende de quem os usa e como. Quando dizemos DADOS, pensamos rapidamente em escolhas, prédios cheios de servidores, uma visão um tanto (demasiada) etérea da nuvem ou mesmo do que nos resta no nosso plano móvel. Porém, a noção de dados é muito mais ampla do que isso e pode até ser usada para trabalhar o impacto ambiental e contribuir com o desenvolvimento sustentável.

O que está por trás da palavra DADOS?

Dados são a representação digital de um conceito. Qualquer conceito. Um logotipo é um dado. A data de criação da Quechua é um dado. O preço é um dado. Em resumo, dados são informações, concessões. 

Na DECATHLON, existem nada menos que 18 tipos de dados. As áreas mais “importantes” para o cálculo do impacto nos negócios são design, cadeia de suprimentos e produção. 

Os princípios básicos dos dados

Cada dado deve ser controlado, ou seja, alguém deve entender o que cada dado abrange. Que quadro, que limite? Como calculá-lo? Transcrevê-lo? Alguns dados são simples, para outros vai mais algodão (ah sim, bom exemplo, algodão: bom, é uma das 1.600 matérias-primas listadas na Decathlon).

Uma vez que o framework está bem estabelecido e o conceito está claro, resta uma questão crucial: ele é implantado (e utilizado) corretamente por nossas equipes? 

Isso é o que chamamos de governança de dados. Em outras palavras, trata-se de um conjunto de regras, uma estrutura que cada pessoa responsável por um sistema de dados (o titular dos dados) deve seguir. O objetivo é assegurar a qualidade de cada dado.

Uma vez definido este quadro e os dados recolhidos (através das “ferramentas de origem”, onde eles são inseridos diretamente pelos engenheiros, por exemplo), é necessário fazê-los conversar entre si. Isso é feito através de um datalake (um repositório de dados único e centralizado). 

Trata-se, então, de garantir a consistência dos dados dentro de uma empresa, mas também de “enriquecer os dados”: cruzar uns com os outros e, idealmente, tirar conclusões a partir deles (ou seja, fazer a análise deles).

Por exemplo, podemos cruzar os tipos de produtos vendidos e a taxa de ecodesign. A análise dos resultados nos possibilita identificar se um escopo está atrasado nessa demanda e o motivo dessa demora. 

E então, acabou?

Quase. Resta apenas torná-lo visual: esse é o papel da inteligência de negócios. A ciência de dados se encarregará de observar o desempenho passado para prever o futuro.

E o desenvolvimento sustentável em tudo isso? 

O desenvolvimento sustentável é uma área de uso intensivo de dados. Para transcrever informações sobre o meio ambiente, você precisa de dados concretos: quais materiais? Qual processo de fabricação? Qual fábrica? Que porcentagem de produção nesta ou naquela fábrica? 

A divisão de desenvolvimento sustentável é uma grande consumidora de dados da empresa e interfuncionais: logística, design, abastecimento, você tem que saber de tudo, conhecer tudo!

E no final, a avaliação ambiental será uma forma de converter todos esses dados “reais” em impactos. E o ajuste dessa conversão é um elemento essencial, porque sem dados confiáveis, como tomar decisões? Sem dominar o design do produto, como você decide onde atuar? Como saber o que mais pesa nas mudanças climáticas e no ciclo de vida de um produto?

Até porque, existem outras questões, já que os impactos ambientais são muito sistêmicos. Além disso, é impossível testar “in loco” para ver o que acontece, pois é impossível alguém da empresa verificar se todos os dados de projeto e fornecimento de um produto estão corretos. Seria necessário acompanhar fisicamente o produto em todo o seu ciclo de vida. 

Por isso, as equipes de Desenvolvimento Sustentável necessitam que cada linha de negócio e cada elo da cadeia de valor da DECATHLON forneça dados de qualidade no sistema de informação, para depois os convertermos em impacto ambiental.

A Decathlon, por projetar seus produtos por muito tempo (há aproximadamente 40 anos), encontra-se na melhor posição para realizar este trabalho, numa gama muito vasta de produtos: têxteis, calçados, bicicletas, equipamentos “mais pesados” como barracas ou esteiras, ou mesmo nutrição. 

Assim, quando se trata de composição, quantidade de material, processos de fabricação, conhecemos nossos produtos ainda melhor do que se os tivéssemos feito.

Os dados na DECATHLON

  • 2012 : Início do uso de dados para fins de avaliação do meio ambiente 
  • 1600* diferentes matérias-primas sobre as quais estão disponíveis dados ambientais.
  • 400* dados do processo de fabricação
  • 1300* locais solicitados a monitorar o consumo de energia
  • 200* dados para converter o consumo de energia em impacto ambiental
  • 100* dados para calcular o transporte
  • 63,4% dos produtos DECATHLON têm classificação ambiental.

*aproximadamente

Dados para uma pegada de carbono confiável

A outra grande vantagem de usar dados para uma empresa é poder contar com eles ao realizar sua pegada de carbono. Muitas empresas contam com dados financeiros que se convertem em CO2. Um método bastante mediano e que não identifica as possíveis alavancas de declínio.

Ao decidir calcular a sua pegada de carbono com base em dados reais (materiais utilizados, país de fabricação, etc.), análises de ciclo de vida (realizadas para todos os nossos produtos) e contando com o método PEF, a DECATHLON pode assim determinar estratégias, identificar os meios que possibilitam acelerar o assunto, calcular a melhor relação energia gasta / “benefício de carbono” obtido, e assim tomar decisões significativas para o desenvolvimento sustentável da empresa.

Relatórios de Desenvolvimento Sustentável da DECATHLON

Lei AGEC, indicação ambiental, são muitas as aplicações que requerem o uso desses dados.

Na Europa, por exemplo, está sendo desenvolvido a CSRD (Corporate Sustainability Reporting Directive), assim como a evolução do DPEF, com objetivo de obter dados detalhados, comparáveis ​​e verificáveis ​​sobre os aspectos sociais, ambientais e de governança das empresas. 

A CSRD levará um grande número de empresas a reportar de acordo com o mesmo referencial e com a mesma metodologia. Os dados produzidos serão auditados e, consequentemente, ter dados de qualidade é essencial. 

É, portanto, uma questão estratégica para a empresa e uma necessidade legal. O principal desafio agora é que as regras de cálculo sejam harmonizadas para todas as empresas, a fim de garantir um resultado confiável, e que cada cidadão possa simplesmente compará-los e compreendê-los. 

E você, já utilizou dados no seu trabalho? Se gostou do conteúdo, deixe um comentário e continue acompanhando o blog SouEportista!

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