Uma roupa de fibra polar é muito confortável. Mas sua fabricação também pode ser mais confortável para o meio ambiente? É isso que tentamos fazer desde 2010, na Quechua, projetando roupas polares à base de garrafas plásticas recicladas.
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O fim do arranhão
Libertar os caminhantes da lã que arranha: é isso que a fibra polar conseguiu fazer. Só por isso, nós já somos muito gratos. Desde 1979, ano de sua invenção, essa tecnologia têxtil tem gradualmente substituído a lã nos armários dos caminhantes. Adeus, lufadas de ar frio. Adeus, pulôveres que não secam!
Com a fibra polar, os entusiastas da montanha apegaram-se a um material que coloca X em todos os quesitos. Exceto em um: esta fibra é feita de plástico. Considerando a disputa que opõe o tecido polar à lã, esta última ganha porque é mais ecológica. Mas e se a fibra polar fosse usada para reciclar resíduos plásticos, em vez de produzir novos resíduos? Isso a tornaria mais virtuosa, certo? Bem, essa é a ideia que tivemos há mais de dez anos, na Quechua. E você vai ver que ela cumpriu a sua jornada…
Primeiramente, vamos rebobinar um pouco o fio: por que a fibra polar destronou a lã?
Bem, é por suas qualidades isolantes e o conforto térmico que ela traz. A fibra polar nos mantém aquecidos, e essa é a primeira coisa que pedimos. A lã de qualidade também, ela me mantém quente, você pode refutar. Mas o grande diferencial da fibra polar é que ela te mantém aquecido enquanto permanece leve e deixa o corpo respirar enquanto seca rapidamente. Graças a esta fibra, suar não é mais sinônimo de irritação, e você pode ir a uma aventura sem querer coçar os pulsos ou puxar o colarinho nos primeiros quilômetros. Não vamos dizer que, quando há lã, não há prazer, mas é claramente no critério de conforto que a fibra polar conquistou os praticantes de caminhada.
O plástico nas costas nos mantém aquecidos
Agora, vamos falar de plástico.
A fibra polar é um componente feito a partir do poliéster. Mais precisamente, do tereftalato de polietileno, mais conhecido pela sigla “PET”.
Como sabemos, o planeta e o PET – este componente legitimamente associado na mente das pessoas com a poluição plástica – não são os melhores amigos do mundo para reduzir seu impacto ambiental. No Centro Mundial de Criação de Quechua, decidimos mudar as coisas imaginando fibras polares de um novo tipo.
“Pensamos que, se não baníssemos o poliéster – um componente inseparável da “tecnologia polar” – poderíamos passar sem um novo poliéster. E, em 2010, estabelecemos o desafio de oferecer fibras polares feitas de garrafas plásticas 100% recicladas”, explica Emmanuelle François, gerente de produto da primeira fibra polar da Quechua feita de fibras recicladas.
Menos impacto, mais estilo
Como esperávamos, a escolha de usar poliéster reciclado reduziu consideravelmente o impacto ambiental de nossas fibras polares. Nossos modelos ecologicamente projetados nos permitiram reduzir as emissões de CO2 neste produto em 15%, e seu consumo de energia em 20%. E em termos de poluição, nossas fibras polares ecológicas feitas de poliéster reciclado dão uma segunda vida a milhões de garrafas plásticas todos os anos.
Esses números aumentaram nosso desejo de fazer mais para reduzir nosso impacto. E a fibra polar feita de plástico reciclado marcou o início de uma grande aventura para a Quechua: a do design ecológico, agora central para o nosso pensamento e a fabricação da maioria dos nossos produtos.
Além disso, ao contrário da crença popular, o design ecológico e a estética podem caminhar de mãos dadas! Sim, a reciclagem de resíduos plásticos, não bastasse transformar produtos descartáveis em produtos sustentáveis, pode levar à criação de roupas de caminhada que tenham estilo.
Mas o estilo é um critério importante, quando sabemos o quanto a fibra polar se tornou uma parte essencial de nossos armários nos últimos anos. Muito usada apenas em caminhadas, agora é uma roupa cotidiana, que naturalmente colocamos em casa quando queremos oferecer a nós mesmos um momento de “casulo”. Alguns até a chamam de “tendência”. Quem acreditaria no início, quando era usada apenas pelos aventureiros dos picos?
Então, na Quechua, cuidamos do design e da cor para que as nossas fibras polares ecológicas se adaptem a todos os gostos e permitam que você brinque com o seu visual. Nas montanhas como em sua sala de estar.
Ah, e falando de cores, para o tingimento de tecidos, também pensamos em design ecológico.
Na Quechua, usamos uma técnica mais eco responsável chamada dope-dyed. Tingidos crus, os tecidos integram os pigmentos das cores a partir da fabricação do fio.
Mas por que isso é melhor para o planeta? Porque este processo de tingimento de tecido é menos agressivo no uso da água do que o tingimento geralmente usado na indústria. E porque descarrega águas com menos resíduos.
Reciclagem plástica, redução de resíduos, combate ao desperdício de recursos, ciclo de vida do produto… Pequenos passos, você pode argumentar, mas todos os caminhantes sabem até onde pequenos passos podem levá-los! E com a fibra polar feita de poliéster reciclado, estamos felizes em ter comprometido a nossa marca desde 2010 em um caminho que nos fascina: aquele em que o design ecológico e a sustentabilidade se unem, para um impacto ambiental reduzido.
Você já conhecia toda essa concepção sustentável das fibras polares ecológicas? Deixe o seu comentário!
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