Para reduzir o impacto ambiental de sua oferta, a Decathlon age considerando seu ecossistema global.
Aumentar a vida útil dos produtos, melhorar a reciclabilidade dos produtos e promover a reutilização são ações que incentivam a transformação profunda e necessária da empresa.
A Decathlon tem trabalhado nos últimos anos no design de seus produtos para prolongar sua vida útil – em uma iniciativa ainda em estudo no Brasil. O objetivo desse processo é incorporar os aspectos de sustentabilidade (resistência, confiabilidade, desempenho ao longo do tempo e design atemporal) e de facilidade de reparo desde a fase de design dos produtos.
Graças às metodologias e testes desenvolvidos desde 2020, os critérios de sustentabilidade agora estão integrados à definição dos produtos de Ecodesign, por meio de um conjunto de requisitos. O banco de dados permite disponibilizar aos engenheiros de produtos um plano com critérios claros. Dessa forma, essa metodologia de design baseada em testes, se concretiza por meio de um conjunto de padrões e critérios de sustentabilidade, incluindo a seleção de componentes mais resistentes, por exemplo.
Em 2022, a rede de engenheiros de referência foi criada após a realização de treinamentos dedicados ao assunto. Esses designers têm a responsabilidade de criar padrões para todos os itens de sua linha e, assim, identificar aqueles que atendem aos critérios de sustentabilidade, por meio de quatro etapas principais:
Por meio dessa análise de sustentabilidade dos produtos, as equipes de design esportivo podem tomar as decisões necessárias na construção de sua linha e, com isso, conseguem identificar os produtos a serem descontinuados ou melhorados. Este ano, os padrões foram concluídos para toda a gama de produtos têxteis, calçados com travas, mochilas, bolsas de água, bolas de ginástica e bolas de salto.
Externamente, a Decathlon compartilha suas pesquisas e conclusões por meio de um comitê técnico da AFNOR chamado DUR-HABI, que tem como objetivo estabelecer uma norma que definirá os critérios de sustentabilidade.
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Inspirada no índice de reparabilidade desenvolvido na França pela ADEME, a Decathlon estabeleceu critérios para definir o potencial de reparo de seus produtos. Para cada categoria, os critérios que um produto deve atender para ser considerado reparável são:
Seguindo esses quatro critérios e graças a um extenso trabalho de registro dos problemas que ocorreram principalmente em cada categoria de produtos, as equipes são capazes de determinar, para cada tipo, a porcentagem de quebras e falhas cobertas por uma solução de reparo. Para que um produto da Decathlon seja considerado Ecodesign, 80% das falhas relacionadas à natureza do produto precisam ser cobertas.
É importante observar que uma distinção é feita entre produtos com um grande potencial de reparabilidade, como bicicletas. Além disso , produtos Ecodesign, passam por um esforço de design que os torna mais reparáveis do que os produtos disponíveis no mercado.
Assim como no projeto de sustentabilidade, o trabalho principal deste ano foi definir os padrões para cada esporte. Ou seja, estabelecer os critérios e os limites para cada categoria de produtos. Após a definição dessas regras de categorização, a rede de engenheiros de referência, que foi treinada na noção de reparabilidade, pode divulgá-las aos engenheiros de produtos.
Desde 2021, foram realizadas ações em diversos produtos, como pranchas de Stand-Up paddle, patinetes e skates. Dessa forma, 300 produtos de referência foram rotulados como Ecodesign reparável em 2022 (6% de todos os produtos Ecodesign).
A Decathlon tem como objetivo agir em cada etapa de sua cadeia de valor para reduzir o impacto ambiental de seus produtos. Por isso, trabalhos estão sendo realizados para melhor considerar o fim de vida dos produtos e melhorar sua reciclabilidade desde a fase de concepção.
Desde 2021, foram conduzidas várias experiências com diferentes partes interessadas do setor de reciclagem (recicladores e eco-organizações) para cocriar um método e uma ferramenta de avaliação da reciclabilidade dos produtos.
O objetivo desse índice é definir e verificar para cada produto: o potencial de reciclagem e validar o vínculo da reciclabilidade a uma cadeia industrial; as conexões com as cadeias de reciclagem; os potenciais fatores perturbadores da reciclagem (por exemplo, a presença de um elemento metálico ou uma grande diversidade de materiais pode degradar a classificação de reciclabilidade).
Esses dados são validados por meio de testes. Em 2022, as equipes testaram a reciclabilidade das nadadeiras com um parceiro externo. Essa colaboração tinha como objetivo verificar se era possível fabricar nadadeiras com o mesmo componente, usando uma linha de moagem e triagem de material. O teste continuará em 2023 com óculos de natação, esquis e capacetes.
Esse índice de reciclabilidade foi definido para as famílias de produtos prioritários (calçados, têxteis, capacetes, barracas). Foram realizados treinamentos com os engenheiros de produtos envolvidos, apoiados pela publicação de um guia de ajuda para o design de produtos recicláveis, que será posteriormente complementado por regras de design para realizar ações concretas em determinados tipos de produtos. Usado em algumas categorias (capacetes, calçados e esportes de montanha) em 2022 como um teste, esse guia será implementado em 2023 para todos os produtos.
Para tornar suas atividades compatíveis com os limites internacionais e ao mesmo tempo garantir a sustentabilidade financeira da empresa, a DECATHLON visa transformar seu modelo de negócios acelerando o desenvolvimento da economia de uso e da funcionalidade.
A expansão de serviços com menores emissões permitirá ao Grupo oferecer aos seus clientes experiências esportivas responsáveis e diversificadas, além de promover o acesso ao esporte.
Preferir o uso à propriedade envolve muitas reflexões e experimentações para que o produto possa ser reutilizado pelo maior tempo possível e, finalmente, reciclado, se for possível. Para um designer e distribuidor, é necessário repensar toda a cadeia de valor a fim de criar valor de forma sustentável, reduzindo o impacto da empresa no meio ambiente.
Essa transformação é realizada por meio de uma análise aprofundada das necessidades e feedback dos usuários.
Com a integração da receita circular nos relatórios financeiros e alinhado com a transformação do modelo de negócios da empresa, o desenvolvimento da segunda vida dos produtos está acelerando na DECATHLON.
Quarenta e quatro países atualmente oferecem produtos de segunda vida, um número crescente de itens é elegível para recompra e novas soluções digitais estão sendo implementadas para promover o desenvolvimento da economia circular. Essa aceleração ocorre respeitando as exigências da DECATHLON.
Os produtos reintroduzidos no mercado são controlados com o mesmo nível de qualidade aplicado aos produtos novos, especialmente por meio de fichas de verificação detalhadas desenvolvidas gradualmente pelos engenheiros de design, específicas para cada tipo de produto DECATHLON.
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Quarenta e quatro países oferecem uma gama de produtos de segunda vida (30 países em 2021)
Então, há mais trabalho a ser feito? Sim! Mas 2022 foi um ano encorajador? Definitivamente!
Com 100 milhões de euros a mais do que em 2021, a DECATHLON conseguiu observar um aumento em seu faturamento circular após dois anos de estagnação. Essa conquista é promissora e demonstra um verdadeiro engajamento das equipes no campo para implementar estratégias dedicadas à economia de uso.
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