Sim, apesar de parecer um pequeno detalhe, a técnica de passada na corrida pode fazer toda a diferença na performance.
Naturalmente, temos diferentes formas de correr. Você tem sua própria passada e, frequentemente, você esquece por um tempo que está correndo. No entanto, você sabia que sua passada na corrida é uma das chaves para melhorar a seu desempenho?
Sua passada é o motor que devolve a energia que você gasta e impulsiona o seu corpo para frente a cada passo. Prestar muita atenção e melhorá-la permitirá que você use a energia com mais eficiência, o que terá consequências positivas no seu desempenho.
Ao melhorar sua passada curta ou longa, você pode otimizar seu salto natural gerado com cada passo e reduzir a energia gasta. Ela também pode ser usada para reduzir o risco de lesão, corrigindo sua postura.
Finalmente, e mais importante, trabalhar na sua passada te dá a chance de ter um maior contato com a sensação física de correr e aproveitar melhor o esforço feito. Isso te dá vários bons motivos para se interessar mais pelo modo como você corre!
Há várias formas de correr, assim como há vários tipos de corredores. Isso dificulta falar sobre a melhor forma de progredir. Sua passada depende de vários fatores, como seu peso, postura, formato do corpo, altura, experiência, etc. E tem mais! Não corremos da mesma forma todos os tipos de corridas ou distâncias: é inútil comparar a passada de um velocista com a de um corredor de trilha!
Então, qual é a melhor passada? Novamente, é difícil dar uma resposta simples, pois os especialistas não têm a mesma opinião.
A tendência é adotar uma abordagem minimalista, que significa chegar o mais perto possível de uma passada natural, portanto com a batida do antepé ou parte central do pé. Este tipo de passada coloca menos pressão nas articulações do joelho e parte inferior das costas do que a passada com o calcanhar, mas demanda mais dos músculos inferiores, tendão de Aquiles e pés. Corredores que pisam com o calcanhar tendem a bater o calcanhar quando chegam no chão, o que torna suas passadas mais pesadas, enquanto os corredores que pisam com os dedos têm mais probabilidade de ter uma passada saltitante, porque o pé fica menos tempo em contato com o chão e o corpo é mais facilmente impulsionado para a frente.
Qualquer que seja o caso, tente correr fazendo o menor barulho possível, pois muito barulho significa que a sua passada está pesada e, portanto, queimando energia quando você toca o chão, ao invés de durante a corrida com uma passada leve e flexível, minimizando os impactos. Certifique-se de manter a parte superior do seu corpo reta, com as pernas alinhadas e os ombros soltos, para minimizar a dor nas costas e tornar a sua passada mais eficiente.
Decidir modificar sua passada é um pouco como aprender a correr novamente, porque envolve tentar mudar uma coisa que é da sua natureza. Exige muito trabalho e deve ser feito lentamente para evitar lesões.
Se você modificar a sua passada sem praticar a mudança antes, é provável que você aumente o seu consumo de energia para se corrigir e, portanto, afete o seu desempenho.
Para atenuar esse problema, é melhor ir devagar, ajustando sua passada pouco a pouco: inicialmente, cerca de 10 minutos do seu tempo de treinamento; depois, metade da sessão e, finalmente, o tempo todo, por várias semanas. Essas mudanças podem causar dores musculares não familiares, uma vez que seu corpo está se acostumando com sua nova passada.
Uma PFG (preparação física geral) também pode ajudar você a exercitar a sua passada na corrida melhorando sua força central, o que melhora a sua postura.
Fazer melhorias técnicas para os seus passos de corrida é a chave para melhorar sua passada. No entanto, também é possível tornar esse trabalho mais fácil reduzindo gradualmente a sola dos seus tênis, por exemplo, a diferença de altura entre a parte da frente e a parte de trás da sola.
Certifique-se de não cortar caminho: em circunstância nenhuma você deve trocar um tênis tradicional (solado de cerca de 10 mm) por um modelo com solado muito baixo (menos de 5 mm), pois você corre o risco de se lesionar.
A solução ideal é usar um modelo com solado entre 6 mm a 8 mm com seu modelo usual e alternar entre os dois pares antes de considerar potencialmente um solado ainda mais baixo em seus próximos tênis.
Melhorar seu desempenho é também cuidar da sua passada para otimizar o gasto de energia. Decidir melhorar trabalhando nisso é uma empreitada a longo prazo, então você precisa ter paciência! Sua passada também depende, em grande parte, dos tênis de corrida que você escolhe e, particularmente, do solado, então tenha isso em mente.
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Exeñente materia. gostei muito
Que venham mais materias de alto nivel
Parabéns aprendizado muito bom vai ajudar na nas minhas corridas